A ciência comprova a eficácia da poesia como autoajuda.

por Inoema Jahnke

Ler poesia é útil para o cérebro relaxa e estimula a memória.

Há algo muito especial na estrutura do texto poético que cativa a humanidade a mais de 4000 anos. A poesia é uma expressão literária muito especial, com emoção em palavras transmite sentimentos, pensamentos e ideias, praticando síntese métrica, trabalhando rimas e aliteração.

Já é conhecido da humanidade que a poesia tem a capacidade de enviar poderosas mensagens emocionais e induzir a mente a profunda contemplação e reflexão pessoal.

Sabemos que a emoção é poderosíssima que ao desencadearmos uma reação emocional prazerosa o cérebro é estimulado e produz um estado de relaxamento muscular permitindo que o sangue flua com maior facilidade, exemplo dessa sensação é quando escutamos “aquela música”, a trilha sonora daquele filme especial, só que a ciência descobri-o que a poesia vai um pouco mais além é um poderoso gatilho para acessar nossas emoções em um âmbito mais profundo ainda.

Citando “Vladimir Nabokov”, “Não devemos ler com o coração ou com o cérebro, mas com o corpo”. Se você já ao terminar de ler um poema fechou os olhos e continuou sentindo o arrepio percorrendo a pele, sentindo as palavras se agigantando dentro do coração e ecoando na mente. já se sentiu inundado por uma onda de emoção inquisidora? Se sim, continue lendo, e saiba o que a poesia faz com nosso cérebro.

Na Universidade de Exeter os neurocientistas, através do escaneamento dos cérebros pesquisados,  descobriram que o cérebro processa a poesia de forma diferente, ao escutar um poema o cérebro  aciona áreas diferentes que as habitualmente acionadas quando conversamos ou assistimos a um filme, entre elas, aquelas responsáveis pelo processamento emocional, ativadas fundamentalmente pela música.

Algumas pessoas dizem que é impossível conciliar ciência e arte, mas as novas tecnologias de imagens do cérebro estão nos dando um crescente corpo de evidências sobre como o cérebro responde à experiência da arte,” disse o professor Adam Zeman, da Universidade de Exeter (Inglaterra). O trabalho foi publicado no Journal of Consciousness Studies.

Interessante, mas confesso que a Pesquisadores do Instituto Max Planck de Estética Empírica de Frankfurt na Alemanha, liderada por Eugen Wassiliwizky, ganhou minha atenção, eles resolveram explorar mais a fundo reação do nosso cérebro a poesia, e os resultados dos estudos são no mínimo estimulantes.

  • Wassiliwizky trabalhou com colegas da Universidade Helmut Schmidt e da Freie Universität, de Berlim, e da Universidade de Bergen, na Noruega.
  • O estudo foi publicado no jornal Social Cognitive and Affective Neuroscience.
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Em um breve resumo, a pesquisa constituía-se de um grupo de pessoas, que tiveram suas reações estudadas referente a leitura de poesias. Poemas famosos de conhecidos poetas como, Friedrich Schiller, William Shakespeare, Johann Wolfgang von Goethe, Friedrich Nietzsche, e Edgar Allan Poe, selecionadas pelos pesquisadores e também algumas obras escolhidas pelos participantes da pesquisa.

Foi registrado o ritmo cardíaco, expressões faciais, movimentos dos pelos sobre a pele e a frequência cerebral. Os dados mostraram entre outras descobertas que as respostas neurológicas estimuladas pela poesia eram excepcionais, comparado a outros estímulos como filmes e músicas, partes do cérebro usualmente desativadas quando expostas e esses estímulos foram despertas com a poesia.

A poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool. Como podem ver, muito se fala sobre o assunto.

Resumindo dentre as descobertas dos cientistas mundiais, acerca do que acontece em nosso cérebro quando lemos ou escutamos poesia.  

  • A poesia estimula a memória, facilita a introspecção e nos relaxa.
  • A poesia gera mais prazer, a nível cerebral, que a música.
  • Poesia a cada estrofe escutada induzia um estado gradual de prazer e relaxamento nos participantes.
  • A poesia estimula áreas do cérebro associadas com a memória, como o córtex cingulado posterior e o lobo temporal médio, áreas que são despertas quando estamos relaxados, ou introspectivos.
  • A poesia é mais útil que os livros de autoajuda porque afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.
  • Ler autores clássicos, como Shakespeare e William Wordsworth  estimula a mente a atividade do cérebro “dispara” quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa.
Inclua na sua rotina uma pausa… café, chá ou um bom vinho acompanhado de poesia, relaxa o corpo e alegra a vida.

Poeme-se…

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