Lá pras bandas de Santa Vitória

por Inoema Jahnke

Lá pras bandas de Santa Vitória


Da licença minha gente
de adentrar neste galpão
E compartilhar com você
um pouco da minha emoção?





 
Tô chegando... de fato apeei agora,
Venho das bandas do Hermenegildo
Lugar tão bonito...
Quanto o que cruzei agora.
 
Tão logo segui viajem foi mudando a paisagem,
Dei rédeas ao pensamento
Que se perdeu pelo tempo
Observando as pastagens...
 
O sol caindo no horizonte
Dava aquele verde uma áurea intrigante,
Como quem grita de longe “sou parte deste Rio Grande!”
As verdes planícies mostravam-se vibrante.
 
Chamei na chicha a atenção ao ver logo a diante
Algo que parecia um monte ali logo adiante,
Bem no meio da estrada
um enorme ratão-do-banhado, jazia atropelado.
 
Sena bem triste aquela, mas não me deixei abater
Havia muitas coisas bonitas que ainda queria ver,
Na Reserva do Taim a vida pede passagem,
Mas são os carros que passam na maior velocidade.
 
Pensei ainda comigo...
Olhando o bicho estendido,
Prefiro ter um cavalo que ser puxando por cem
E levar mais uma vida pros confins do além.
 
Seguindo minha viagem logo me deparei
Com uma sena intrigante,
No mínimo emocionante...
Um carro ali parado com o alerta ligado
 
A vida pede passagem, e quem diria eu pude ver
Aquele motorista uma vida socorrer,
Com cuidado e rapidez resgatou a tartaruga
Da triste morte eminente que ali era evidente.
 
Na reserva do Taim
Flora e fauna preservadas
Mas a de se tomar cuidado
Quando se passa na estrada.
 
A beleza a li e tanta que da até vontade
De trazer a piazada mesmo na beira da estrada,
E mostrar o reboliço Das enormes capivaras
Com seu porte tão roliço... Mas bah tchê ali a várias!
 
Parecem que estão em casa
E nem se importam comigo
Só saem bem apressadas ao ver um jacaré
Que ao ver as capivaras chega a ficar em pé.
 
A beleza ali é tanta que espanta o vivente
E deixa a gente orgulhoso... Orgulhoso e contente!
De fato, venho de longe, pra lhes contar esta história
Que aconteceu comigo pras bandas de Santa Vitória.

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POESIA TRADICIONALISTA – O AMOR DE SENTINELA.

POESIA INOEMA JAHNKE, TAPERA CORAÇÃO.

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